(Aqui fica a minha declaração, sei que já vem tarde mas fiquei sem acesso à internet. Foi escrita na altura certa, à noite, quando o sol se pôs, e quando o dia já não é mais do que uma recordação.)
"Noite"
Ò Noite longa e fria
O dia é apenas recordação;
Quem foi, hoje não iria,
Além do que manda a razão!
A lua é quem mais brilha,
E eu isolado nesta ilha!
Ò Noite longa e fria
Este sentimento que consome;
Espero e despero pelo dia
Que me dirá o teu nome...
No decorrer dessa demanda
A razão já nada manda!
Ò Noite longa e fria
Já pelo dia anseio
Como uma mãe pela cria!
Com todo este desvaneio,
Sinto que me perco da Sorte...
Mas... A Polar dá-me o Norte!
Ò Noite longa e fria
Afinal és tu quem ilumina;
Mais do que o Sol do dia,
Tu tens a estrela que me ensina!
Quando pensava eu perdido,
Foste tu que me deste sentido...
Ò Noite longa e fria
Na voz daquele que acredita;
Muitas palavras eu diria;
Que infeliz é aquela que imita...
Mas tu és diferente disto,
Tens o dom do qual não resisto...
Ò Noite cheia de alegria
Como não vi eu a tua beleza:
Ofuscado pela falsa simpatia,
Da Mentira sem pureza!
E algo modou no meu ser
Porque, finalmente, consegui ver:
"Se pelo Sol, à noite chorar,
As Estrelas não irei apreciar!"
(Talvez nunca leias este poema, mas não poderia deixar de o escrever...)