Hoje é o dia dos namorados e lembro-me que exactamente há um ano atrás lancei um desafio a todos os visitantes do Demon Brothers, escrever uma declaração à sua cara metade. Muitas foram as declarações recebidas, algumas delas concretizadas, mas certamente serão poucas as que hoje, um ano depois, ainda tenham o mesmo significado de 2009. As palavras foram ditas, e eu acredito piamente nisso, com toda a verdade e com toda a honestidade, mas então porque é que o tempo desvaloriza o seu significado? Não sei a resposta a esta pergunta, mas sei que as minhas palavras têm o mesmo significado de à um ano atrás e é por isso que esta ano as volto a repetir, porque os tempos são outros, mas as palavras têm, para mim e para quem declaro, o mesmo significado.
"Noite" Ò Noite longa e fria O dia é apenas recordação; Quem foi, hoje não iria, Além do que manda a razão! A lua é quem mais brilha, E eu isolado nesta ilha! Ò Noite longa e fria Este sentimento que consome; Espero e despero pelo dia Que me dirá o teu nome... No decorrer dessa demanda A razão já nada manda! Ò Noite longa e fria Já pelo dia anseio Como uma mãe pela cria! Com todo este desvaneio, Sinto que me perco da Sorte... Mas... A Polar dá-me o Norte! Ò Noite longa e fria Afinal és tu quem ilumina; Mais do que o Sol do dia, Tu tens a estrela que me ensina! Quando pensava eu perdido, Foste tu que me deste sentido... Ò Noite longa e fria Na voz daquele que acredita; Muitas palavras eu diria; Que infeliz é aquela que imita... Mas tu és diferente disto, Tens o dom do qual não resisto... Ò Noite cheia de alegria Como não vi eu a tua beleza: Ofuscado pela falsa simpatia, Da Mentira sem pureza! E algo modou no meu ser Porque, finalmente, consegui ver: "Se pelo Sol, à noite chorar, As Estrelas não irei apreciar!"
(Talvez, ainda, não seja este ano que leias o poema...)